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implantação

 

URBANISMO

 

"O carro espreme a vida urbana para fora do espaço público", (Jan Gehl , 2011).

 

Como tem acontecido nos últimos 50 anos, a  dimensão humana foi seriamente negligenciada no planejamento urbano. Campo Grande, em sua região central, também contempla essa problemática. O trânsito tumultuado, as calçadas que comprometem a locomoção dos pedestres e a necessidade de revigorar a vida no Centro durante vários períodos ao longo do dia são os principais motivos das intervenções urbanísticas realizadas neste projeto.

A calçada, principal elemento que estabelece a comunicação do pedestre com a cidade, mostrou a necessidade de ser ampliada na Rua Maracajú e na Avenida Calógeras. Para aprimoramento do sistema de drenagem, houve a implantação de biovaleta em uma das calçadas da Rua Maracajú, de modo a filtrar os poluentes trazidos pelo escoamento superficial e conduzir as águas pluviais até o córrego Segredo.

Outras aliadas da drenagem, as lixeiras, foram instaladas em dupla [para a separação do lixo orgânico e reciclável] localizadas de 30 em 30m para evitar que dejetos entupam as bocas de lobo, que também foram acrescentadas, dando prioridade às do tipo combinada, adequada para pontos baixos de ruas e pontos intermediários da sarjeta com declividade média entre 5 e 10%.

O plano para a arborização existente se consolidou em manter todas as espécies com exceção das Ficus. Para que as novas espécies sejam utilizadas conforme as condições de espaço físico disponível [respeitando as recomendações do Plano Diretor de Arborização Urbana] foram escolhidas: Ipê Branco (Tabebuia roseoalba), Barbatimão (Stryphnodendron) e Calistemo (Callistemon viminalis). Com a arborização adequada, diminui-se os conflitos com a infraestrutura urbana, reduz-se os custos com manutenção, trazendo ornamentação e sombreamento, respeitando a largura do passeio e o tipo da fiação elétrica.

Os pontos de ônibus passaram por remodelação a fim de proporcionar abrigo seguro e confortável para os usuários do transporte público. De aspecto visual leve, a proposta apresenta o uso de materiais com baixa capacidade de transmitir calor [como no caso da madeira] e consiste na utilização de peças estruturais esbeltas e peças de vedação translúcidas, aliadas da permeabilidade visual e, consequentemente, da segurança ao pedestre.

O núcleo de toda a proposta gira em torno do Corredor Cultural da Av. Calógeras, procedente de toda sua história, seus monumentos e edifícios ícones. Tendo o conforto do pedestre como prioridade na remodelação da calçada, aumentou-se a arborização com a intenção de gerar sombra sobre os bancos para descanso, propositalmente localizados próximos aos tótens de identificação do Corredor Cultural.

O ponto-chave da intervenção se manifesta no despertar da consciência do cidadão campo-grandense sobre o contexto histórico da cidade, para isso, a legibilidade de toda a proposta também se dá pelos mapas informativos, que trazem a localização dos bairros que fazem limite com o do Centro e dá a indicação dos principais edifícios de relevância histórica e/ou arquitetônica próximos ao Corredor. Eles têm também o importante papel de redirecionar o fluxo e a movimentação das Ruas Treze de Maio e 14 de Junho para a esquecida Orla Ferroviária, que, na Rua Marechal Cândido Mariano Rondon teve sua calçada ampliada a fim de estimular o percurso Orla -> Corredor Cultural.

© 2017 por MICA ARQUITETAS. 

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Bloco de Arquitetura e Urbanismo

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